sábado, 23 de outubro de 2010

Quem não sabe perder, perde sempre

Ninguém é obrigado a fazer o que queremos
Nem sempre as coisas são como queremos e idealizamos, e é bom que isso seja assim, pois nem sempre o que queremos é o melhor para nós. Toda existência humana é marcada pela “condição de contradição”, ou seja, pela fraqueza, pecado e, conseqüentemente, pela queda. 
Perder faz parte da vida e aceitar a própria condição limitada é sinal de sabedoria. É horrível conviver com alguém que crê ser absoluto e acredita que todos têm o dever de satisfazer suas vontades. 
Há muitos pais que estragam seus filhos, porque não lhes ensinam que o “não” também faz crescer, e que a queda pode também ensinar. Há filhos que não aprendem, em casa, que na vida nós também perdemos. Precisamos aprender a lidar com nossos fracassos. Muitos não suportam os fracassos próprios da vida, porque foram educados somente para ganhar.

Para superarmos as quedas impostas pela vida precisamos ter a humildade de saber perder.

As pessoas não são obrigadas a ser e a fazer o que queremos; elas não são obrigadas a corresponder às nossas expectativas.

A maturidade se expressa quando o coração consegue deixar livre um outro coração que não quis pertencer a ele nem corresponder a seus desejos.

O fato de sermos contrariados é uma experiência que nos faz mais fortes, pois, compreendemos que nossa maneira de pensar não é a única nem a melhor, e que não estamos sempre certos. Precisamos saber perder e sair de cena quando erramos, quando não estamos com a razão.

Perfeição cristã não significa ausência de erro, mas capacidade de perdoar e recomeçar sempre. Não temos a obrigação de acertar sempre, mas temos sim o dever de aprender com nossos erros. Quem não sabe perder perde sempre, pois acaba sendo humilhado pelo fato de não aceitar a própria fraqueza; querendo, assim, ser o que não é e fazer o que ainda não é capaz.

Quem não sabe perder busca sempre levar vantagem sobre tudo e todos, tornando-se alguém insuportável e arrogante.

A humildade é escola da virtude, e grandeza é aceitar com ternura aquilo que se é.

A vida não diz sempre "sim", e a alma se torna grande quando é capaz de sorrir também diante do “não”. Aceitar que nem todos nos amam, que não somos bons nem os melhores em tudo, são expressões de um coração que compreendeu verdadeiramente o que significa “viver bem”. A derrota é sempre uma possibilidade de recomeço e crescimento para quem sabe bem aproveitá-la. Que esta não seja para nós motivo de paralisia, mas um trampolim a nos lançar nos braços da vitória.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O jejum que agrada a Deus



Jesus, em seu mais conhecido sermão, destacou três aspectos básicos da nossa espiritualidade: as esmolas, as orações e o jejum (Mateus 6:1-18). As esmolas revelam uma espiritualidade voltada para a solidariedade com o próximo; as orações, uma espiritualidade voltada para a intimidade com Deus; finalmente, o jejum, uma espiritualidade voltada para o autoconhecimento e a autodisciplina. Todas marcadas pela sinceridade de um coração devoto e pela discrição do adorador, cujo interesse é agradar exclusivamente a Deus.
Isaías foi o profeta que mais desenvolveu o tema do jejum (58:1-12). Falando em nome do Senhor, denunciou um jejum baseado unicamente em privação e sofrimento, como se Deus tivesse prazer em torturar o ser humano que criou. 

Também condenou os que jejuavam em desconexão com a oração e a solidariedade, eximindo-se da responsabilidade de transformar o mundo pela ética e o poder do reino de Deus. O Jejum que Deus escolheu é aquele que se priva do alimento para colocar o mesmo alimento na mesa do próximo, sobretudo quando é necessitado e oprimido.
Destes textos decorrem três importantes afirmações sobre o jejum:
1. O Jejum não pode ter um motivo pessoal, um interesse, um objetivo particular a conquistar. Não é uma espécie de greve de fome, que vise sensibilizar o Poder, para que atenda às reivindicações do que se priva de comer. Não é um reforço para a oração, como se ela se tornasse mais forte com a presença do jejum. É uma vitória sobre nós mesmos. Uma declaração de que não temos interesses ou necessidades que superem nossa carência de Deus e Sua palavra. “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4:4).
2. O Jejum não pode basear-se unicamente em ausência ou privação. Não pode ser simplesmente um deixar isso ou aquilo. Deve ser oportunidade de serviço e dedicação, solidariedade e fé. Se o jejum interesseiro é greve de fome, o jejum como deixar de comer é regime e contribui somente para a perda de peso. O jejum que agrada a Deus é aquele em que, ao invés de comer, o adorador dedica-se à oração ou ao exercício da misericórdia. Trata-se de uma substituição. Com o jejum declaramos ao nosso próprio corpo que as necessidades do reino e da fé são maiores que as necessidades físicas.
3. O Jejum não poder ser público, conhecido, divulgado. Não é oportunidade de autopromoção e não deve ser propagandeado. Não é indicado em tempos de festa e alegria, para não vitimizar o adorador diante dos seus pares, mas deve ser preferido em tempos de introspecção e redirecionamento, como um auxílio na descoberta de propósito e no preparo para as provas que virão. O jejum que se divulga, ainda que alegando intenções como motivação ou exemplo, deixa de ser jejum e passa a ser exibição. Deixa de ser espiritual e passa a ser carnal. Não é o jejum que Deus quer.
Perguntaram a Jesus por que seus discípulos não jejuavam. Ele respondeu que era por causa de sua presença com eles. Quando estivesse ausente, jejuariam (Marcos 2:18-20). E é por isso que jejuamos: nossa sede da presença de Jesus.
Pr. Marcelo Gomes
1ª Igreja Presbiteriana Independente de Maringá

O Apoio Necessário

de Linda S.T.C. Pestana

Jesus, embora solteiro, foi apoiado por mulheres em seu ministério. Maria Madalena, Joana, Suzana e outras discípulas apoiaram Jesus seguindo atentamente seus ensinos, acompanhando-o em suas viagens de pregação, usando seus bens para o bem-estar e sustento de Jesus (Lc 8.1-3). Essas mulheres da Galiléia foram aquelas que acompanharam Jesus na cruz e no sepultamento (Lc 23.49,55,56; 24.10). Marta e Maria eram irmãs que usaram seus diferentes talentos para apoiar Jesus. Deus sabe o quanto foi importante para Jesus a amizade, hospitalidade e o respeito daquelas mulheres! (Lc 10.38-42). No ministério de Jesus, essas mulheres ofereceram um apoio necessário.

Paulo, apóstolo de Jesus, também solteiro, recebeu ajuda de irmãs como Lídia (At 16.15), Febe (Rm 16.1-2) e muitas outras mencionadas em suas cartas (Fp 4.2-3; Cl 4.15; Rm 16). Em uma pequena frase, na carta aos Coríntios, Paulo deixa claro que a companhia de uma esposa cristã no ministério de pregação é um privilégio e um direito (1 Co 9.5). O apoio feminino no serviço dos apóstolos era um apoio necessário.

Ao dar listas de qualificações de bispos e diáconos, o Novo Testamento faz questão de colocar também as qualificações das esposas como pré-requisito ao trabalho daqueles (l Tm 3.11). Sem uma esposa adequada, o marido, "aparentemente qualificado", não consegue fazer o trabalho. A esposa qualificada é um apoio necessário para o serviço do obreiro cristão.

Assim, vemos que Jesus, os apóstolos e todos os discípulos de Jesus têm na mulher um apoio não apenas desejável ou agradável, mas necessário na missão divina de levar o evangelho a todos.

A mulher oferece seu apoio necessário quando:

É submissa: Diante de uma mulher capaz e inteligente que, com boa vontade e espontaneidade, oferece seu apoio, o homem se sente encorajado a assumir seu papel no lar, na igreja e na sociedade com responsabilidade e amor às pessoas. O bom exemplo da esposa e sua atitude positiva perante as decisões do marido e as condições de vida que ele possibilita, são inspiração para o homem se submeter a Deus e se sujeitar aos outros nas diversas circunstâncias. Podemos imaginar Priscila apoiando Áqüila, seu marido, nos trabalhos espirituais. 

Respeita: Não há nada que dê melhor auto-estima ao homem do que admiração e elogios sinceros de sua esposa, que enfatiza as qualidades relevantes nele. A mulher que valoriza os esforços, os alvos, os sonhos e o dia a dia do marido e coopera com ele, permanecendo ao seu lado nos momentos de glória e de fracasso, amplia os dons e supre as fraquezas dele. Ela reforça suas qualidades e lhe dá forças para superar seus defeitos e prosseguir em suas lutas diárias. Dalila passou à história como uma mulher que se aproveitou das fraquezas de Sansão e agiu egoisticamente, mas Rute tornou-se notória por seu altruísmo, prezando os valores espirituais e familiares de seu marido.

Dedica-se: O temor a Deus na mulher que "sem palavra alguma" se empenha em praticar a Palavra de Deus, com fé e coragem, é incentivo para o homem desenvolver sua própria espiritualidade e ainda tornar-se maduro emocionalmente, socialmente e fisicamente. Jezabel foi uma esposa idólatra que incitou seu marido de mal a pior, de pecado em pecado. O resultado foi a morte de toda a dinastia de seu marido. Por outro lado, Abigail, temente a Deus, percebendo o erro e a tragédia que seu marido Nabal tinha atraído sobre sua família, rapidamente, não apenas consertou o erro de Nabal, como também impediu que Davi praticasse um ato de violência. 

Não é fácil estar sempre animada para ouvir com atenção sobre os "projetos" ou "lutas" do marido, especialmente quando estamos tão cansadas ou ocupadas com o serviço em casa ou fora do lar... Nem sempre estamos dispostas a largar nossos projetos ou vontades para, simplesmente, acompanhar nosso marido em visitas ou eventos "importantes"... Não é fácil submeter-se à profissão do esposo quando a renda é tão curta... Nem sempre satisfazemos os desejos sexuais do marido como gostaríamos... É difícil respeitar alguém que nos magoou ou tem "tantos" defeitos... Às vezes, a vida parece bem diferente do que sonhamos...

Mas, são essas práticas que nos tornam o apoio necessário que o nosso marido precisa para ser aquilo que Deus quer que ele seja.

Em tudo isto, portanto, é bom lembrar que não há nada que façamos por amor a Deus e ao próximo que seja vão. Deus está vendo cada esforço que fazemos para apoiar aquele a quem prometemos fidelidade e lealdade até o fim de nossas vidas. Que nossos maridos se desenvolvam em caráter e serviço a Cristo e que o Senhor nos capacite dia a dia para sermos o apoio necessário de nossos maridos.

"Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida" (Pv 31.12).

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" (1 Co 15.58).

"E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos se não desfalecermos" (Gl 6.9).




sábado, 9 de outubro de 2010

AMOR: O Grande Mandamento


Entretanto, os fariseus, sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho. E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou: Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. Mateus 22: 34-40

Indubitavelmente, segundo a Bíblia, nossa única regra de fé e de Prática, o grande mandamento é o Amor. Ele não deve ser entendido como um simples afeto sentimental, mas como um profundo interesse pelo bem estar do outro, que nos leva a revelar simpatia; que nos induz a falar bem de todos ao invés de falar mal 'Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?' Tiago 4:11,12; que nos faz pacientes, tolerantes, desejosos de ganhar a todos para Cristo, onde há nova vida, vivida em Amor.

Foi o Amor que levou Deus, o Pai, a enviar Jesus, Seu Filho, a este mundo para morrer em nosso lugar, substituindo-nos no Tribunal de Deus, e recebendo sobre si o castigo que nós merecíamos receber.

Quando o Apóstolo Paulo enumera os Frutos do Espírito, o primeiro que apresenta é o Amor 'Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei' Gálatas 5:22,23.

É o Amor que deve caracterizar o nosso comportamento para com Deus e para com o Próximo, se realmente queremos cumprir a Lei de Deus, que é a Lei do Amor.

O Amor tem como instrumento a Justiça. Quando alguém é injustiçado, caluniado, aviltado, está recebendo desamor, o que não vem de Deus, e sim do Maligno.

Irmãos e irmãs, vigiemo-nos a nós mesmos, para não cairmos nos laços do Maligno. Jesus nos deu condições para vencê-lo.

Pratique o Grande Mandamento que é o Amor. Você deve aprender a amar. Ninguém nasce sabendo amar. Jesus é que nos ensina a amar.


Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão. 1 João 4:20-21

O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos ameiJoão 15:12


'Amemo-nos uns aos outros assim como Jesus nos amou' , este deve ser, permanente e ininterruptamente,  o lema de cada verdadeiro e autêntico cristão. Vamos nos unir na prática do Amor, fazendo Justiça, e promovendo a Paz em nossa família, comunidade ou em qualquer lugar onde Deus nos colocou como discípulos do Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Provérbios 31: 30

"Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada."